domingo, 25 de outubro de 2009

Inteira

Não quero ser uma menina assustada
Tão pouco uma mulher equilibrada
Sem pretensão alguma de ser perfeita
A mim basta ser simples
Mantendo a alma viva e apaixonada

Nem sempre sou o que quero ser
Hoje posso 'estar' linda e a sorrir
Amanhã, como desconheço o que há por vir
Poderei ter os olhos tristes e cansados
E todo o encanto destes sumir.

Quero o direito de ser forte
Quando algo me induzir á lutar
Como quero me permitir à fragilidade
Se das tristezas dessa vida
O coração reclamar

Não quero vencer todas as lutas
Mas o direito de todas as batalhas tentar
Sem me importar muito de como o amanhã será
Agradecendo sempre, se nele eu estiver
Não importando se aqui ou acolá

Para que me digas algo
Não precisa o dicionário consultar
Basta que use palavras claras e simples
Fazendo-as ao meu coração chegar
E a essa alma inquieta encantar

Permitindo-me ser apenas humana
'Ser' ao invés de representar
Errar para depois me aperfeiçoar
Mutante quando para melhorar
Assim me terá sempre inteira
Totalmente sua e verdadeira.

Fanete Costa

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